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Exército Popular denuncia ataques de Seul e ameaça resposta firme na fronteira

(Pyongyang, 23 de agosto, ACNC)

No dia 22, o vice-chefe do Estado-Maior Geral do Exército Popular da Coreia, Coronel-General Go Jong Chol, divulgou uma declaração intitulada:
“As perigosas provocações que geram choques militares na região da fronteira sul devem cessar imediatamente”.

A íntegra da declaração é a seguinte:

No dia 19 de agosto, os belicistas sul-coreanos perpetraram um ato de grave provocação ao dispararem mais de dez tiros de metralhadora pesada de 12,7 mm contra nossos soldados que realizavam trabalhos de construção de barreiras permanentes perto da linha de fronteira no sul.

Esse ato é um prenúncio extremamente perigoso, que pode arrastar a situação da região fronteiriça sul — onde forças massivas já se encontram em confronto — para uma escalada incontrolável. Por isso, nosso Exército acompanha o quadro com especial atenção.

Atualmente, nosso Exército está conduzindo obras de fortificação e bloqueio permanente ao longo da fronteira sul com a Coreia do Sul, como parte normal do reforço da segurança fronteiriça.

A separação completa entre o território da República e o da Coreia do Sul não representa qualquer ameaça a terceiros: trata-se de uma medida necessária para eliminar fatores de tensão na zona militarmente sensível da fronteira sul e assegurar um ambiente estável.

Com relação a essas obras, já no dia 25 de junho e novamente em 18 de julho, nosso Exército notificou duas vezes o comando das forças norte-americanas que exercem controle sobre os militares sul-coreanos, com o claro propósito de evitar mal-entendidos e choques acidentais.

O lado norte-americano recebeu a notificação como uma medida sincera de redução de tensões e confirmou que nossas atividades de construção estavam sendo conduzidas estritamente dentro da jurisdição soberana da República.

Apesar disso, as provocações para instigar nossos trabalhadores continuam, e não apenas persistem, como têm se intensificado de forma cada vez mais maliciosa.

Se no passado os ataques de propaganda sonora se restringiam a um ou dois postos de vigilância, hoje eles foram ampliados para várias divisões do exército sul-coreano, como a 3ª, 6ª, 15ª e 28ª, e já se tornaram rotineiras até as ameaças abertas de “atirar”.

Recentemente, um alto responsável militar sul-coreano chegou a declarar publicamente à imprensa que continuaria com essas transmissões provocativas na região fronteiriça, sob o pretexto de “manter a segurança e prontidão”, o que mostra claramente qual é a verdadeira postura dos Estados Unidos diante das nossas notificações prévias.

O fato de o incidente ter ocorrido justamente quando exercícios militares conjuntos em larga escala estão sendo forçados no território sul-coreano, demonstra que não se trata de algo casual: é uma provocação planejada e intencional, visando abertamente o choque militar.

Todos esses fatos provam, de maneira inequívoca, que a hostilidade dos Estados Unidos e dos belicistas sul-coreanos, voltada para o confronto militar contra nós, não mudou em absolutamente nada.

Como comandante responsável pela segurança e administração da fronteira sul, exijo com firmeza a suspensão imediata dessas perigosíssimas provocações que tentam manipular nossas obras de fortificação — indispensáveis à defesa da soberania — como se fossem um pretexto para aumentar tensões.

Caso continuem atos que interfiram ou restrinjam trabalhos de caráter não militar, nosso Exército os considerará como provocações militares deliberadas e tomará medidas de resposta apropriadas.

Até hoje, jamais questionamos as atividades frequentemente problemáticas de tropas, equipamentos e até aeronaves sul-coreanas junto à linha de fronteira, conforme previamente informadas pelos Estados Unidos.

Por isso, declaro de forma clara: se surgir uma situação perigosa em que notificações prévias sejam ignoradas na região fronteiriça sul — onde forças militares colossais já estão em confronto direto —, a responsabilidade pelas graves consequências daí resultantes jamais caberá a nós.

O Estado-Maior Geral do Exército Popular da Coreia acompanhará com rigor a evolução da situação.